De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E
das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última
chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o
drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se
fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo
próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não
mais que de repente.
sexta-feira, 27 de abril de 2012
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