sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Drop's

* Mari quando quer alguma coisa fala quirica e não queria... Dá vontade de apertar até os zóinho pular!

* Guga anda treinando basquete feito um doido! Dia desses saiu lá na varanda, viu a bola e disse: Nossa! Ainda não treinei basquete hoje! E foi lá fazer algumas cestas.

* Mari se adaptou muito rapido na escola nova. Já tem um monte de amigos e com pouco mais de 1 mês desenbestou a falar. Acho que ela tomou a pílula do Dr. Caramujo...

* Fala que fala! Canta, conversa, lembra de coisas que nem eu lembrava! Diz por favor, obrigada.

O post acima, estava em rascunhos há muito tempo. Decidi publicá-lo para não perder estas informações.

domingo, 8 de novembro de 2009

Bom Mesmo

Dia desses recomprei dois livros do Luis Fernando Verrisimo: Comédias da Vida Privada e Novas Comédias da Vida Privada. E relendo essas fantásticas crônicas, encontrei essa. Pra mim, bom mesmo tem sido o minuto seguinte ao das crianças dormirem: silêncio, paz.

E pra você, o que é bom mesmo??

Bom Mesmo - Luis Fernando Verissimo

O homem passa por várias fases na sua breve estada neste palco que é o mundo, segundo Shakespeare, que só foi original porque foi o primeiro que disse isso. Muitas coisas distinguem uma fase da outra - a rigidez dos tecidos, o alcance e a elasticidade dos membros, a energia e o que se faz com ela -, mas o que realmente diferencia os estágios da experiência humana sobre a Terra é o que o homem, a cada idade, considera bom mesmo. Não o que ele acha bom - o que ele acha melhor. Melhor do que tudo. Bom mesmo.
Um recém-nascido, se pudesse participar articuladamente de uma conversa com homens de outras idades, ouviria pacientemente a opinião de cada um sobre as melhores coisas do mundo e no fim decretaria:
- Conversa. Bom mesmo é mãe.
Já um bebê de mais idade discordaria:
- Bom mesmo é papinha.
Depois de uma certa idade, a escolha do melhor de tudo passa a ser mais difícil. A infância é um viveiro de prazeres. Como comparar, por exemplo, o orgulho com um peão bem lançado, ou o volume voluptuoso de uma bola de gude daquelas boas entre os dedos, com cheiro de terra úmida ou de caderno novo? Existem gostos exóticos:
- Bom mesmo é cheiro de Vick Vaporub.
Mas acho que, tirando-se uma média das opiniões de pré-adolescentes normais e brasileiros, se chegaria fatalmente à conclusão de que, nessa fase, bom mesmo, melhor do que tudo, melhor até do que fazer xixi na piscina, é passe de calcanhar que dá certo.Existe ainda uma fase, no começo da puberdade, em que a indecisão é de outra natureza. O cara se acha na obrigação de pensar que bom mesmo é mulher (no caso prima, que é parecido com mulher), mas no fundo ainda tem a secreta convicção de que bom mesmo é acordar com febre na segunda-feira e não precisar ir à escola. Depois, sim, vem a fase em que não tem conversa:
- Bom mesmo é sexo!
Essa fase dura, para muita gente, até o fim da vida. Mesmo quando sexo não está em primeiro lugar numa escala de preferências ("Pra mim é sexo em primeiro e romance policial em segundo, longe") serve como referência. Daí para diante, quando alguém disser que "bom mesmo" é outra coisa que não o sexo estará sendo exemplarmente honesto ou desconcertantemente original.
- Olha, bom mesmo é figada com queijo.
- Melhor do que sexo?
- Bem... Cada coisa na sua hora.
Há quem anuncie o que prefere mesmo como quem faz uma confissão há muito contida. Abre o jogo e o peito, e não importa que pensem que o sexo não lhe interessa mais.
- Pensem o que quiserem. Pra mim, bom mesmo é discurso de baiano.
E há casos patéticos. Tem uma crônica do Paulo Mendes Campos em que ele conta de um amigo que sofria de pressão alta e era obrigado a fazer uma dieta rigorosa. Certa vez, no meio de uma conversa animada de um grupo, durante a qual mantivera um silêncio triste, ele suspirou fundo e declarou:
- Vocês ficam aí dizendo que bom mesmo é mulher. Bom mesmo é sal!
Com a chamada idade madura, embora persista o consenso de que nada se iguala ao prazer, mesmo teórico, do sexo, as necessidades do conforto e os pequenos prazeres das coisas práticas vão se impondo.
- Meu filho, eu sei que você, aí tão cheio de vida e de entusiasmo, não pode compreender isso. Mas tome nota do que eu vou dizer porque um dia você concordará comigo: bom mesmo é escada rolante.
E assim é a trajetória do homem e seu gosto inconstante sobre a Terra, do colo da mãe, que parece que nada, jamais, substituirá, à descoberta final de que uma boa poltrona reclinável, se não é igual, é parecida. E que bom, mas bom mesmo, é não precisar ir a lugar nenhum, mesmo sem febre.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Promessa

Recebi esse e-mail do meu pai nesse fim de semana:

Assunto: promessa...

De: Claudio
Para: Fernada de Freitas Vaz Pupo

Anexo: Fe promessa 24-Jun-1988.pdf (81KB)

prometeu tem que cumprir...rsrsrs

bjs

Papen



Dei tanta risada! Fico imaginando ele me ditando isso.