domingo, 10 de junho de 2012

Será que um dia irei compreender o por quê? Será que um dia irei aceitar as explicações dadas sem sofrer tanto? No fundo da minha racionalidade sei que sim, mas hoje, simplesmente não. Por mais "moderninha", por mais imprevisto, não planejado, é um sonho que se vai, é uma luta que acaba, é um ponto final na história não terminada. Não terminada para mim. Hoje vejo meus erros e me sinto a criança tola brincando com o sorvete na mão e, de repente, ele cai. E ela fica ali, vendo ele derreter sem poder fazer nada. Parece que faz tanto tempo. Parece uma eternidade. Uma dor, uma angustia, um vazio. Como poderia ter sido diferente! Como ainda pode ser diferente! Basta querer...

sexta-feira, 27 de abril de 2012

...

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.